Acusações de Abuso Contra Pastor Paulo Júnior Gera Revolta na Comunidade Evangélica

Acusações de Abuso Contra Pastor Paulo Júnior Gera Revolta na Comunidade Evangélica

Pastor Paulo Júnior Confessa Pecado e Anuncia Afastamento do Ministério

Uma série de acusações graves vêm abalando a reputação do pastor Paulo Júnior, ex-dirigente da Igreja Aliança do Calvário. Ex-membros da congregação relatam experiências traumáticas envolvendo o líder religioso, que vão desde práticas abusivas até a manipulação psicológica. As denúncias repercutem com força entre os fiéis e lideranças do meio evangélico brasileiro.

Relatos apontam condutas abusivas e constrangimento sexual

Diversos depoimentos indicam que Paulo Júnior, sob o pretexto de ensinar sobre higiene pessoal, exigia que jovens – inclusive menores de idade – tomassem banho completamente nus na sua presença. A justificativa dada por ele era de que os pais desses jovens não os teriam ensinado corretamente, e que seria seu dever pastoral “corrigir” essa falha. A prática, evidentemente, ultrapassa qualquer limite aceitável de liderança espiritual e pode configurar abuso de autoridade e violência sexual mediante fraude.

Sessões de aconselhamento com interrogatórios constrangedores

Outras denúncias apontam que as sessões de discipulado promovidas pelo pastor incluíam perguntas invasivas e humilhantes sobre a vida sexual dos jovens. Eles eram induzidos a relatar detalhes extremamente íntimos de suas experiências, como frequência de masturbação, tipos de fantasias, posições e objetos utilizados. O argumento utilizado por Paulo Júnior era que a confissão de pecados só seria válida se feita com máxima precisão e transparência.

Desligamento da liderança e tentativa de justificativa

Após a repercussão dos relatos, a Igreja Aliança do Calvário afastou Paulo Júnior da liderança em um processo iniciado em novembro de 2024. Em resposta pública, o pastor divulgou um vídeo em suas redes sociais afirmando ter sido “um mau pastor, mau pai e mau marido”. No entanto, ele evitou reconhecer diretamente os atos apontados pelas vítimas. Segundo especialistas, a declaração não pode ser considerada uma confissão formal, o que reforça a necessidade de investigação legal e acompanhamento judicial.

Impactos emocionais nas vítimas e mobilização da comunidade

Os ex-membros afetados relatam sequelas emocionais significativas, incluindo traumas psicológicos e, em alguns casos, tentativas de suicídio. A comoção gerada pelas denúncias provocou uma ampla discussão sobre os limites da autoridade religiosa e os perigos do abuso espiritual. Muitos fiéis cobram posição mais firme das lideranças evangélicas e a implementação de medidas protetivas em ambientes eclesiásticos.

O caso segue sendo apurado, e a expectativa é que a justiça tome providências diante da gravidade das acusações.

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