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Pastores Reivindicam Proibição Definitiva ao Ministério Pastoral Feminino entre Batistas

Pastores Reivindicam Proibição Definitiva ao Ministério Pastoral Feminino entre Batistas

Um grupo de líderes da Convenção Batista do Sul (SBC) está pressionando a denominação para reconsiderar uma emenda que estabelece a proibição permanente da ordenação feminina ao ministério pastoral em igrejas afiliadas. A proposta, chamada de “Emenda à Lei”, foi rejeitada no ano passado, pois obteve 61% dos votos, ficando abaixo dos dois terços necessários para aprovação.

Pedido de Reconsideração na Próxima Reunião Anual

Em uma carta aberta intitulada “Uma Carta Aberta à Nossa Família Batista do Sul”, diversos pastores e líderes manifestaram a necessidade de revisitar a emenda na próxima Reunião Anual da SBC, marcada para acontecer em Dallas, Texas. Eles argumentam que a decisão do Comitê de Credenciais da SBC, que permitiu que uma igreja na Carolina do Sul continuasse na convenção apesar de ter uma mulher no papel de pastora-professora, demonstrou a urgência da regulamentação.

Segundo os signatários, a emenda traria maior clareza sobre o posicionamento da denominação, estabelecendo que apenas homens, conforme qualificados pelas Escrituras, podem exercer o ofício pastoral ou presbiteral nas igrejas filiadas.

Líderes Defendem Urgência da Emenda

Os pastores que apoiam a proposta afirmam que não estão tentando alterar o texto anteriormente apresentado, mas sim garantir que ele seja votado e aprovado sem mais atrasos. Eles pedem que a reunião suspenda a regra que permite que o Comitê Executivo adie a votação, permitindo que a questão seja tratada diretamente pelos mensageiros da convenção.

“Já discutimos essa questão nas últimas duas convenções e não podemos permitir mais adiamentos que comprometam a clareza doutrinária da nossa denominação”, afirmam na carta.

Caso a emenda seja aprovada, ela precisará ser ratificada novamente na Reunião Anual da SBC de 2026 para entrar oficialmente na Constituição da convenção.

Principais Nomes Envolvidos

Entre os signatários da carta estão líderes influentes, como:

  • Nate Akin, diretor executivo da Pillar Network;
  • Pastor HB Charles, da Igreja Batista Metropolitana de Shiloh, Flórida;
  • Pastor Jed Coppenger, da Primeira Igreja Batista de Cumming, Geórgia;
  • Outros pastores de igrejas em Louisville, Auburn e Austin.

Contexto e Opiniões Divergentes

A Fé e Mensagem Batista 2000, documento doutrinário da SBC, define o papel pastoral como um ofício exclusivamente masculino, citando o Artigo VI: “O ofício de pastor é limitado a homens qualificados pelas Escrituras”. No entanto, estima-se que cerca de 1.800 igrejas-membro da SBC tenham mulheres exercendo funções pastorais, gerando divisões dentro da denominação.

A emenda, conhecida como “Emenda Mike Law”, em referência ao pastor Mike Law, da Igreja Batista de Arlington, Virgínia, busca deixar claro que nenhuma igreja da SBC pode ter mulheres como pastoras ou anciãs. Apesar de algumas igrejas já terem sido desassociadas nos últimos anos por ordenarem mulheres, os defensores da proposta acreditam que a inclusão da proibição na Constituição da convenção traria maior uniformidade teológica.

No entanto, nem todos concordam com a mudança. O ex-presidente da SBC, JD Greear, classificou a emenda como “desnecessária e insensata”, argumentando que sua aprovação poderia afastar igrejas minoritárias da convenção. “Acredito que essa proposta mina nossos princípios históricos de cooperação e pode resultar na saída de muitas igrejas que compartilham nossa fé, mas diferem nessa questão específica”, disse Greear.

Histórico das Votações

A emenda foi aprovada inicialmente na Reunião Anual da SBC de 2023, realizada em Nova Orleans, com aproximadamente 80% dos votos favoráveis. No entanto, na reunião de 2024, realizada em Indianápolis, Indiana, obteve apenas 61%, abaixo dos 66,66% necessários para ratificação.

Enquanto isso, a organização Baptist Women in Ministry, sediada no Texas, comemorou o fracasso da emenda no ano passado, destacando que a decisão reafirmou que “as mulheres têm igual valor para Deus”. O debate continua intenso e deve ser um dos pontos centrais na próxima Reunião Anual da SBC em 2025.

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1 Comentário

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